
Ontem, depois de 4 anos, voltei à Bienal do Livro de São Paulo, lembro que em 2018, um ano onde uma pandemia era inimaginável, o Instagram do Leitor Noturno era pequeno ainda, pouco mais de 2000 seguidores, e, por causa da própria plataforma, as postagens tinham mais curtidas, eu conhecia pouquíssima gente, a maioria deles autores, como Marcos de Brito e Rodrigo de Oliveira, com quem o primeiro site do Leitor tinha parceria.
Lembro que nos dias que estive lá conheci influenciadores que para mim eram ídolos, como o Alan, do Coração de Leitor, que acabou se tornando um dos meus melhores amigos da vida, parceiro de projetos fabulosos comigo e que me ajudou desde o primeiro dia no bookstagram. Foi ele quem me fez companhia naqueles dias, me tratando como um grande amigo, desde o primeiro oi.
Lembro que sai de lá com vários livros comprados, que quase não cabiam mais na minha mochila.
Desta vez as coisas foram diferentes, não só pelo ambiente, já que o evento está de casa nova, maior, com mais espaço, mas com alguns detalhes que ainda atrapalham, mas eu mudei, o Leitor Noturno tem mais de 22 mil seguidores, mais de 600 postagens, quase 5 anos de resenhas semanais e um amor pela literatura enorme, naquele longínquo 2018 nem a Noturninha existia, estava ainda na barriga da Noturna.
O evento está ótimo, muito bem elaborado, bonito, apesar de a tubulação de teto do Expo Center Norte impedir que flâmulas, bandeiras e qualquer outro tipo de decoração possa ser pendurada nele, tem um grande ambiente para ser completamente tomado pelo amor aos livros.
O estande da Faro é o primeiro que a gente encontra quando entra, e lá estava a fabulosa Andrea Jocys para recepcionar todo mundo, atendendo cliente e sendo simpática com cada pessoa que queria conversar com ela, assim como o Marcos de Brito, que encontrei ao vivo 4 anos depois, para renovar as fotos e botar o papo em dia, ficamos mais de hora conversando, literalmente fofocando, sobre o mercado literário.

Outro parceiro que encontrei por lá foi o INIGUALÁVEL Tito Prates, responsável pela ABERST, editora que faz muito pelos escritores nacionais de terror e suspense, digo, sem medo de errar, que é a editora que mais ajuda o escritor independente. De Tito recebi TODAS edições que me faltavam da Revista Mystério Retrô, uma coletânea bimensal de contos de terror e suspense, que serve como porta de entrada e vitrine para novos escritores do gênero e da qual falarei melhor muito em breve, em um post exclusivo sobre ela.

Lá no estande da ABERST ainda encontrei a Larissa Brasil, ou melhor Lara, como ela se auto denomina, recebi meu Urutau e todos brindes que vinham junto com ele, obviamente autografado, conversamos muito tempo sobre o mercado literário e como andam chatas as redes sociais.
Circulei pela Bienal com o objetivo de conhece-la, de saber onde estavam os estandes e falar com os parceiros que encontrasse, ainda não foi o dia de focar nos livros e em seus preços, isso vou fazer hoje, e digo pra vocês no post de amanhã.
A Bienal não é só comprar, é o ambiente, é sentir o cheiro dos livros, é tirar fotos nos estandes lindos, cujo as editoras já os preparam com lugares fantásticos justamente para isto, como a Harper Collins, que colocou um anel lindíssimo que você pode entrar no meio e tirar uma foto bem ao estilo Senhor dos Anéis. A Bienal é sobre encontrar pessoas e falar sobre livros, ver todo mundo, desde crianças de 4, 5 anos, até senhorinhas com dificuldade para caminhar, todos estão ali pelos livros, manuseando eles, cheirando, comprando, desejando.
A literatura vive, 3 anos depois da pandemia, que agora virou endemia, do dólar disparado, de problemas no governo, de uma tentativa de censura na Bienal do Rio de Janeiro de 2019, último evento do meio até então, a literatura vive, ela respira, o amor pelos livros, o desejo das pessoas, o movimento era imenso, mesmo em dia de semana, difícil de pegar UBER, difícil de entrar em alguns estandes, difícil de achar uma cadeira para acompanhar palestras e entrevistas, dificuldades que comprovam como tá dando certo, como a literatura não é artigo de grife, não é só para os ricos, pelo contrário, não são poucos os livros vendidos a R$10,00 ou até R$5,00.
É emocionante retornar, passa um filme, o Leitor Noturno deu certo, criei amigos, consegui parceiros que lá em 2018 seriam inacreditáveis, o que eu nunca vou deixar de acreditar é que os livros sejam a salvação para muitos problemas, a literatura respira e faz respirar, o ar da bienal, mesmo com a mascará na cara, \ é o sopro de vida, é mostrar que há esperança, que milhões de pessoas vão lembrar desta semana, e a saudade vai ficar para daqui 2 anos ou para o ano que vem, lá no Rio de Janeiro.
Amanhã eu volto, falando dos estandes e do preço de livros que desejamos, até mais.